Dois mundo duas visões
Eu vivo em dois mundos. Vivo no mundo de quem enxergar perfeitamente,
vendo cores, objetos, letras e outras coisas, porém, vivo também no mundo
dos que não enxergam, daqueles que não vem placas de ônibus, sinais de
trânsito, pessoas entre outras coisas.
Essa é a vida de mais de seis milhões de pessoas no Brasil, viver entre dois
mundos e por vezes ser ignorado ou até mesmo acusado de se passar por
alguém cego.
A verdade é que a sociedade de forma geral desconhece a existência da
pessoa com baixa visão. Para a maioria é oito ou oitenta, pois, ou a pessoa
enxerga perfeitamente ou ela vive na completa escuridão.
Porém, existe um mundo de visão parcial onde, não é uma visão “perfeita”.
Conseguimos ver alguns objetos, cores e outras coisas, porém tem
outros objetos e pessoas, por exemplo, que já não enxergamos. A claridade ou
a falta dela é algo que interfere na nossa visão assim como a distância ou o
tamanho da letra por exemplo.
Esse mundo é único para cada pessoa com baixa visão. Cada pessoa enxerga
seu mundo de uma forma única e diferente, não há como explicar ou definir como
as pessoas com baixa visão veem o mundo a sua volta.
O que precisamos é de uma sociedade mais tolerante com o diferente, uma
sociedade que não julgue sem conhecer, que tenha empatia para
ajudar quando o outro precisa e também entenda que tem coisas que podemos fazer sozinhos.
Aprender, crescer e evoluir deve ser o lema de todas as pessoas com ou sem
deficiência e seria tão bom se fizéssemos isto juntos. E ai topa esse desafio?
Amanda trata de um assunto interessante e sensível que é o mundo das pessoas com baixa visão. Elas enfrentam situações carregadas de preconceito, intolerância, desdém por parte daqueles considerados “normais”. É importante que haja uma voz, duas, cem, milhares delas para mostrar à sociedade que pessoas de baixa visão são pessoas também.
Qu e a cada dia um novo passo seja dado no caminho da inclusão, respeito e quem sabe um dia, o mundo ideal, aonde a intolerância, preconceitos, sejam palavras de livros de história. Mas até lá vamos abrindo espaços e caminhando juntos.